
Mais um filme que, de acordo com a minha mãe, eu havia assistido durante a infância, mas do qual não me recordava nem um pouco.
Truffaut é realmente brilhante e tenho certeza de que agora as imagens do fogo queimando os livros ficarão gravadas para sempre na minha mente.
O filme já começa com um diferencial: os créditos são passados ao público em áudio, o que é um tanto curioso, visto que o filme trata justamente sobre uma sociedade onde o livro é condenado por trazer infelicidade aos leitores.
O resultado disto é uma população fria, que passa o dia inteiro assistindo televisão e morre de medo de ser 'diferente'.
Tenho certeza de que pipocam comentários sobre ser um filme voltado apenas para um público mais... Intelectual. Grande besteira. É claro que os 'homens-livros' seriam um explícita alusão a 'parte pensante' da população, que nos mostra o poder dos livros e a resistência pensante diante da massificação bitolada, mas isso deveria servir como um alerta para que todos queiram 'chegar lá'.
Ressalto também que, apesar de ser de 1966, o filme continua completamente
contemporâneo (não pelas referências de tecnologia, mas pela
ideia em si), reforçando o brilhantismo do
diretor.
Boa pipoca!